A dEaba veste Orange

A dEaba veste Orange

CAPÍTULO 43 - O destino não se engana!

Meses depois...

            A realidade de trabalho e responsabilidades profissionais voltavam a aparecer para Angelis e Manoella. Elas sabiam que isso chegaria cedo ou tarde, infelizmente elas não poderiam ficar o resto da vida com a atenção voltada apenas para a Valentina, e isso também era algo que elas não queriam, prezavam demais seus trabalhos para abandonarem assim.

            Nem Angelis, nem Manu queriam deixar a filha sob os cuidados de uma babá, isso porque elas sempre viam casos de maus tratos, claro que sabiam que isso é uma minoria, mas não queriam arriscar. Creche também foi descartada, achavam que a Valentina era muito pequena para passar o dia longe delas. Então, a única solução que elas encontraram foi a de se revezarem, alguns dias Valentina ia para agência com a Angelis, em outros ia para o ateliê com a Manu.

             Alguns achavam judiação levar uma bebezinha para o trabalho, mas isso é porque não viam alegria que a menina ficava. Valentina adorava uma farra, ainda mais que independentemente de onde estivesse, sempre tinha muitas pessoas dispostas a paparica-la. Sem contar que Angelis e Manoella trabalhavam em casa sempre que essa oportunidade surgia.

            Valentina estava cada dia mais esperta. Ela já dava os primeiros passinhos com a ajuda das mamães, e também balbuciava algumas palavrinhas.

            Angelis – Manu, corre aqui, você precisa ver isso. (Angelis brincava com a Valentina no chão da sala e Manu preparava o almoço na cozinha)

Manoella – Ela ficou em pé sozinha? (ela pergunta com um sorriso bobo no rosto ao ver a filha em pé e andando se apoiando no sofá)

Angelis – Ela estava engatinhando atrás da Chanel, quando chegou perto do sofá conseguiu ficar de pé sozinha (ela diz orgulhosa)

Valentina – Nenel.. (a pequena balbucia e aponta para Chanel, se desequilibrando um pouco, mas conseguindo se manter em pé)

Manoella – Você quer a Nelzinha, filha? (Manu pega a cachorrinha e fica mais ou menos próxima a filha) Vem aqui, vem amorzinho... (ela chama a filha “usando” a Chanel como atrativo)

Na primeira tentativa Valentina caiu de bumbum no chão assim que tirou as mãozinhas do sofá. Ela fez uma carinha de choro, mas Angelis não resistiu e caiu na gargalhada, fazendo-a rir também. Depois ela tentou novamente, ficou de pé se apoiando no sofá, e foi tirando as mãozinhas devagar, dessa vez Angelis estava ao seu lado para evitar outra queda. Ela foi com as perninhas, gorduchas, cambaleando até se jogar nos braços da Manu, e as meninas fazerem festa, comemorando os primeiros passinhos independentes da filha. 

Manoella – Não pode apertar a Nenel, filha. hahaha (Valentina abraçava a Chanel como se fosse um de seus bichinhos de pelúcia)

Angelis – Não sei de quem ela herdou isso (ela se faz de desentendida e depois começou a rir) Agora falando sério, Manu... Ela chama a Chanel e não fala mamãe, como pode isso?

Manoella – Baby, nós que deduzimos que ela estava falando Chanel, é igual quando ela estica os bracinhos pra gente e fala “mama” e deduzimos que seja mamãe... 

Angelis – Tá, mas eu tenho certeza que a primeira vez que falar mamãe vai ser pra mim hahaha

Manoella – Não se iluda querida, ela vai falar pra mim hahaha

Angelis – Vamos ver! Mudando de assunto, você vai mesmo precisar ir ao ateliê depois do almoço? (ela pergunta levando a filha para a mesa, pois a Manu já serviria o almoço) 

Manoella – Vou, mas em menos de duas horas tô de volta, por isso nada de aprontar, e lembre-se de que você é a adulta da casa, entendeu? (ela avisa lembrando as vezes que chegou em casa e estava tudo bagunçado porque a Angelis espalhou todos os brinquedos da Valentina na sala)

Angelis – Sim senhora.. (ela responde brincando e recebe um olhar sério da Manu) Eu sei amor, pode ir despreocupada (ela fala sério dessa vez)

Logo após o almoço Manu saiu, deixando Angelis e Valentina deitadas na cama do seu quarto assistindo um filminho de princesas. Valentina estava deitada sobre o corpo da Angelis, que adorava colocar a filha assim, lhe dava uma sensação de paz e era como se ela pudesse proteger aquele pequeno serzinho de qualquer mal.

Depois de um tempo Angelis sentiu vontade comer um doce, então pegou um potinho de guloseimas que ela guardava no quarto. Valentina ficou olhando curiosa, já que era tudo muito colorido, e enquanto a Angelis se virou para pegar o controle sobre a mesinha, a pequena enfiou a mão no potinho e tirou um pirulito. Quando a Angelis percebeu, ela já havia colocado na boca.

Angelis – Não pode filha, a Nunu vai me matar se souber disso. (ela tira o doce da mão da Valentina, que imediatamente abre o berreiro) Não chora, princesa, vem cá... (Angelis a coloca no colo e fica ninando-a, mas nada dela parar de chorar) Precisava ser tão mimada, tão parecida comigo? Hahaha (ela ri, mas a Valentina continua chorando) A Manu já deve estar chegando e vai sobrar pra mim, filha (ela cede, e devolve o doce pra filha que se cala na mesma hora)

Valentina segura o doce e leva a boca toda satisfeita por finalmente ter conseguido aquilo que queria. Ela se lambuza, e Angelis, mesmo com medo da Manu chegar e ela levar um bronca, não consegue esconder o sorriso ao admirar essa cena. O que ela não sabe é que a Manu já está parada na porta do quarto há algum tempo, aliás... quem percebe primeiro é a Valentina...

Valentina – Mamãe.. (ela fala pela primeira vez ao olhar pra Manu, Angelis se vira imediatamente)

Manoella – Own, ela falou, Angelis, ouviu? (ela se derrete toda, já esquecendo o episódio do doce)

Angelis – Ouvi, amor, ela te chamou de mamãe.. (Angelis tenta agradar a Manu, com medo da bronca)

Manoella – Vocês duas são tão parecidas que ás vezes isso me assusta... (ela senta na cama e comenta com um sorriso no rosto enquanto observa a filha se deliciando com o doce)

Angelis – Por que, amor? (ela pergunta confusa)

Manoella – Sabem direitinho como me fazer desmanchar de amores por vocês mesmo quando estão aprontando...

Angelis – Nunuzinha, eu juro que não tive culpa, fui pegar um doce pra mim, ela pegou esse pirulito sem que eu percebesse, eu tentei pegar de volta, mas ela começou a chorar eu não sabia mais o que fazer. (ela fica de pé e andando de um lado pro outro, falando apressada querendo se explicar)

Manoella – Calma baby, respira hahaha..

Valentina – “Té mamãe?” (ela oferece o doce todo lambuzado para Manu)

Manoella – Aiin, olha como essa princesa tá sujinha, dá esse doce pra mamãe, que a mamãe Angel vai dar um banhinho gostoso em você... 

Angelis – Vem comigo sua porquinha hahahaha (ela morde as bochechas da filha fazendo-a gargalhar)

Tudo estava indo as mil maravilhas. Valentina ficava mais falante a cada dia, tinha o olhar doce como o da Manu, mas era tão impulsiva quanto a Angelis. Pelo menos uma vez por mês os avós babões visitavam Valentina. Danny e Ju eram as babás preferidas da pequena, já que sempre que as meninas queriam fazer um programa a duas, era com as madrinhas que elas deixavam a filha, e a menina adorava a farra.

Angelis – Hey amor, “cê” vai pra onde? (já passava das 9 horas da manhã, Angelis, Manu e Valentina dormiam grudadinhas quando a Manu levanta sem querer chamar muita a atenção da Angelis, mas não funcionou)

Manoella – Vou precisar dar um pulinho no ateliê. Dorme mais um pouquinho e mais tarde arruma a Valentina, pois vou estar esperando vocês naquele restaurante para almoçarmos... (ela falava baixinho, já de pé, para não acordar a filha)

Angelis – No ateliê, Manoella? Hoje é sábado, conta essa história direito... (ela levanta e vai atrás da Manu no banheiro)

Manoella – Não surta e faz o que eu tô pedindo... (ela se mantem calma, o que deixa Angelis ainda mais irritada. Ela sai e volta a se deitar com a filha)

Antes de sair, Manu se despede da Angelis, mas a morena não responde, mesmo assim Manu vai até a cama e beija a esposa e a filha. Manoella queria fazer uma surpresa para Angelis. Em casa, Angelis não conseguia mais dormir, durante a semana toda ela percebeu que Manu estava estranha, e essa de ir trabalhar no sábado estava deixando ela ainda mais louca.

Já impaciente, Angelis colocou vários travesseiros ao redor da Valentina para protegê-la, e foi para a sala. Lá ela ficou pensativa e decidiu ligar para o ateliê, mas para piorar a situação, Angelis ficou sabendo que Manu não está e não esteve no ateliê. Na mesma hora ela ligou para Manoella, porém não foi atendida, o que a deixou irritadíssima. 

Mais tarde Manoella ligou para Angelis avisando que já estava a caminho do restaurante e perguntando se elas já tinham saído de casa, Angelis foi curta e grossa dizendo que estava esperando por ela. A morena não quis discutir no telefone, pois a Valentina estava presente e não queria que a filha presenciasse nenhuma briga.

Durante o almoço Angelis se manteve calada, tentando se controlar pra não explodir, mas a Manu não estava preocupada com o mau humor da Angelis e ficou provocando-a o tempo todo, dava mordidinhas na bochecha e na pontinha da orelha dela. Na volta para casa Valentina dormia no banco de trás, e quando chegaram em casa Angelis colocou a filha no quarto e depois foi direto se deitar. Manoella entrou no quarto, pegou uma bolsa e foi para o closet, Angelis acompanhava os movimentos da loira pelo espelho e ficou louca quando a viu colocar umas roupas dentro da bolsa, imediatamente ela se levantou e foi até a Manu...

Angelis – Vai fugir? (ela pergunta tentando segurar o choro)

Manoella – Vou...

Angelis – Eu não acredito que depois de tudo que nós vivemos você vai fugir de novo. (ela estava desesperada e nem deixou que a Manu terminasse de falar)

Manoella – Hey, calma meu amor... (ela abraça Angelis forte querendo tranquiliza-la) Não chora, baby. Eu vou fugir sim, mas é com você!

Angelis – Não brinca comigo, Manu...

Manoella – Mas quem disse que estou brincando? Já falei com a Ju, ela vem passar a noite aqui com a Valentina e nós vamos sair... (ela dizia com calma olhando nos olhos da Angelis)

 

Angelis – Mas você mentiu que tinha ido para o ateliê...

Manoella – E você é muito sem graça, estou querendo te fazer uma surpresa, será que dar pra esperar um pouco? (ela brinca)

Elas se abraçam forte por um longo tempo, Manu queria tirar essa insegurança da cabeça da Angelis, que estava envergonhada por ter desconfiado da Manu. Depois de um tempo a Ju chegou e elas ainda ficaram jogando conversa fora até a hora das meninas saírem.

Angelis – Pra onde nós vamos? (ela pergunta enquanto a Manu dirige)

Manoella – Vamos passar a noite num hotel, hoje você é SÓ MINHA... (ela aperta a coxa da Angelis e solta uma piscadinha)

Angelis tinha sentido tanto medo de perder a mulher da sua vida, que não esperou nem chegar ao quarto para agarrá-la e fez isso no elevador mesmo. Ela prensou a Manu contra a parede, uma mão apertava o bumbum da loira e outra estava no pescoço, elas se beijavam com um desejo que é comum nos apaixonados. Quando chegam ao andar do quarto saíram aos tropeços, pois não param o beijo por nada.

Não era só o amor que crescia a cada dia, Angelis e Manoella se desejavam cada vez mais. A cada dia elas descobriam uma forma diferente de se amarem e a sincronia entre elas só aumentava. Um beijo nunca é apenas um beijo e um toque é o suficiente para acender a chama entre elas. As palavras também tem um efeito imediato, declarações ao pé do ouvidos, gemidos e sussurros são fundamentais.

Manoella – Quero sentir teus lábios em cada pedacinho do meu corpo... (ela pede com a voz rouca de desejo)

Angelis retirou toda a roupa da Manu, atendeu seu pedido. Beijou, com delicadeza o rosto da Manu, depois desceu para o pescoço, onde as carícias já não mais tão delicadas, os beijos eram seguidos por mordidas e chupões. Rosto, pescoço, ombros, braços, seios, barriga, coxas... Cada cantinho do corpo da Manu recebeu a atenção da Angelis, que depois voltou para a boca.

Manoella olhou fixamente nos olhos da Angelis querendo demonstrar todo o amor que sente por ela, virou de costas para ela e afastou o cabelo dando a Angelis total visão das suas costas, ela queria que Angelis visse a tatuagem que fez naquela manhã quando disse que havia ido ao ateliê, no início das costas, logo abaixo do pescoço estava escrito “O destino não se engana”...

Manoella – Meu corpo e meu coração são seus desde a primeira que nos vimos, e agora nosso amor está marcado no meu corpo, como já está marcado na minha alma... (ela fala olhando de lado esperando a reação da Angelis que fica paralisada)

Angelis – Que coisa mais linda, Nunu... (ela beija por sobre a tatuagem com toda a delicadeza e carinho com que elas levam aquela relação)

Manoella – Vem cá, quero fazer amor com você até amanhã...

 

Essa fanfic é de autoria da @MahStewart1 
Capítulo betado por @KarenAndLuana